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Da janela

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Da Janela vejo a rua, vejo os carros que por ela passam. Vejo o transito se formar e em seguida se desfazer, como mágica. Vejo ônibus, carros, caminhos. Vejo gente o tempo todo. Vejo os pássaros voando entre as arvores, vejo o vento balançar os galhos e levar as folhas. Vejo o Sol a Lua, vejo as nuvens e chuva, vejo que o tempo esfriou ou esquentou bem aqui da janela. Vejo tudo. E ai esta o grande problema: vejo tudo. E apenas vejo. Não sinto, não escuto, não sou influenciado pela mudança de temperatura, ou pelo clarear e escurecer do céu. Estou sempre aqui, 25C e luz constante.   Não sinto o calor do dia nem o frio da noite. Não sinto o vento, que leva as folhas, em meu rosto. Não escuto o canto dos pássaros nem a conversa das pessoas. Não escuto o barulho dos carros e sua buzinas. Não sinto nem escuto nada. É como se eu existisse e não vivesse. É como se eu não estivesse aqui. Como se nem os carros, nem as pessoas, nem o vento, nem as folhas existissem de verdade, ...
Estou em constante aprendizado. Acho que isso é a característica principal que diferencia a raça humana das demais: a capacidade de extrair das situações uma lição. Com sorte, levarei essa e outras lições como tesouro pela vida. Aprendi (e embora isso seja assustador) a pouco tempo, que tudo o que você dá, um dia volta, de alguma forma. Outro dia, um colega de trabalho me fez um favor. Eu agradeci e prometi um chocolate como recompensa. A resposta dele foi: "fica tranquila, um dia também vou precisar de você". Uma frase tão simples e que significa tanto! Se nós pudéssemos entender todo o significado disso o mundo com certeza seria um lugar melhor. Nós vivemos em uma sociedade, somos todos iguais. Independente de quem estamos falando, certamente vamos precisar do outro em algum momento.  E vamos combinar... gentileza deixa a vida tão mais leve! Coisas simples como dar lugar para alguém ...

Tempo

Corre, voa. Tempo. Não há tempo! Depressa, tem que ser agora. Já. Vai logo... Já foi? Tá demorando demais! O tempo é curto. Tempo é dinheiro. Corre, corre! Acelera. Pisa fundo! Mais rápido. Agita. Mas porquê? Para quê? Se temos uma vida inteira pela frente, para que pular etapas, antecipar as coisa? A surpresa é tão agradável! Porque ceder à correria de todo mundo se o que importa é a qualidade e não a quantidade de coisas que você faz na vida? A qualidade do que você faz DA vida. E é tão bom quando as coisas vão num ritmo mais lento. Aqueles segundos em que você olha para alguém que te olha de volta e não desvia. A gargalhada gostosa de um bebê. Deitar na grama e olhar para o céu. O que paga isso? Poder gastar o tempo, devagar, é a melhor coisa que se pode fazer. “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu...” EC 3:1
Uma frase e tudo volta a fazer sentido. Você entende o que está acontecendo. Você entende que isso vai passar. Um sussurro de Deus aos seus ouvidos, te explicando o que está acontecendo, porquê está acontecendo e quando vai parar. Uma frase e o mundo muda. Uma frase e a motivação volta. A curiosidade volta. A vida volta. Eu sou dramática, não adianta tentar me mudar.   “Uma flecha só pode ser lançada se antes for puxada para trás. Quando a vida arrastar você para trás com dificuldades, significa que ela está te lançando para algo fantástico” #quevenha!

E quando tudo muda?

Depois de séculos (mentira, foi só um ano e pouco) me pego lendo o que escrevi por aqui. Sinto falta do tempo. Tempo livre para escrever, para pensar. Tempo para refletir no tempo que já foi e no tempo que me resta. A vida é assim, começa calma como uma marolinha. E cresce! Aumenta, ganha força, fica grande. Daí você surfa, “tira onda”... Fica em pé na prancha, curte o vento no rosto, a emoção da liberdade. Quando acha que está no topo, “na crista da onda”, o mar te surpreende. A intensidade e a velocidade aumentam, você precisa prestar atenção, se concentrar, ter cuidado! O vento fica mais forte, castiga! O que era apenas uma brisa, vira um vendaval! E então, duas opções surgem à sua frente: Você pode simplesmente se entregar, deixar o mar te engolir, se perder no meio das ondas, tentar apenas não se machucar, abrir mão do controle e esperar para ver o que acontece. Torcer pelo melhor, na esperança de sair vivo do meio do mar. Ou pode manter o equilíbrio, retroceder, rep...