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Aquela carta que nunca vou te enviar...

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Foi legal ter alguém como você. Exatamente como você. Poder sentar-se à mesa de um bar, falar sobre a vida sem filtro. Trocar ideias, histórias e experiências. Falar de sonhos, desejos, futuro. Tudo isso com olhar atento e cuidadoso. Será que foi aí que me iludi? Se sentir segura hoje em dia é coisa rara. E apesar de tudo, era o que eu pensava quando estava com você – lugar seguro. Posso dizer o que eu quiser, sem julgamentos, sem medo. Será que foi aí que eu errei? E mesmo depois de trocar no campo das ideias, na hora de falar com o corpo era sempre intenso. Bom, interessante, vivaz. O desejo sempre esteve presente, mesmo depois das descobertas mais malucas. E era quente. Gostoso. A gente brincava de se satisfazer. Foi aí que eu me perdi. Achei que fosse diferente. Achei que eu poderia confiar no que eu sentia, no que meus olhos viam quando cruzavam os seus. Mas ao invés de rio, era garrafa de água do lado da cama. Fazer carinho na barba e seguir a linha das suas marcas. Des