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Mostrando postagens de agosto, 2011

O Jantar...

Conheço um cara que gosta de marcar jantares. A mesa é sempre farta e, em sua grande maioria, está rodeada por muita gente. E isso é normal, pois, apesar de muitos não gostarem dele, ele é um cara popular. O curioso de tudo isso é que, geralmente, nos jantares em que ele participava, quando olhávamos para os lados não víamos artistas famosos, ou estrelas do futebol. Não víamos jornalistas bem sucedidos que trabalhavam na globo, ou pessoas influentes na política. O que víamos em volta da mesa eram prostitutas, enfermos, ladrões, cobradores de impostos, pescadores, marginalizados. Víamos aqueles que geralmente só seriam vistos se fossemos a periferia da periferia. E o que mais chama a atenção é que não eram aqueles jantares comunitários só para mostrar que ele ajudava os pobres e necessitados porque queria concorrer as próximas eleições, sair nas colunas sociais da Caras, da veja, ou em reportagens sobre solidariedade. Naquele tempo, muito mais do que hoje, quando você chamava

No colo :)

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Pra você, que lê esse blog, essa postagem vai ser um pouco estranha... Mesmo assim, peço que leia até o final. Espero que essa história possa tocar o seu coração da mesma forma que tocou o meu. Todos os dias, vou e volto de trem para o trabalho. No horário de pico os trens são muito lotados. Se para nós, adultos (ou quase :P) já é incomodo, imagine como deve ser para um bebê, que, apesar de estar no colo de quem quer que seja, pode sentir as pessoas muito próximas e um calorão daqueles, sem ao menos poder entender o que está acontecendo. Em um desses dias, voltando para casa de trem, fazia um calor bem típico de verão, apesar de estarmos em pleno inverno. Minha pressão costuma cair quando faz muito calor. Como estava sentada, encostei minha cabeça na janela do trem e fechei os meus olhos, pensando em dormir um pouco durante o caminho. Em meio a uma multidão de pessoas, ouvi bem baixinho o choro de um bebê. Quem me conhece sabe como sou com crianças. Perdi o sono no mesmo instante.