Eu confesso!


Preciso confessar que vou enlouquecer se não disser tudo o que preciso. Me desculpe, é muito mais forte que eu. É tanta pressão, de todos os lados, que às vezes parece que vamos explodir. Compromissos, falta de compromisso, responsabilidades, obrigações. De um lado, uns dizem “seja exemplo, mostre a que veio, faça direito, não se dê ao luxo de errar“. Do lado oposto, outros dizem ” Não fique olhando sua vida passar, erre, se arrependa, faça de novo, sem medo de tentar“. Em meio a mil conselhos que você não pediu, não há como saber o que é mesmo melhor. Um conflito interno eterno?
Não que eu ligue para o que dizem por aí, quero mais é que digam mesmo. Idéias foram feitas para serem discutidas, trocadas.  Mas isso causa uma confusão e tanto dentro da gente. E no fim, o melhor mesmo não é ser feliz, do jeito que a gente é, do jeito que tem que ser? Tão profundo, tão filosófico! E tão pouca gente consegue ser. Inclusive, existe uma linha muito fina que separa o que realmente somos e os exageros a que somos forçados diariamente. Somos obrigados a representar papéis a todo o momento. E nem sempre estamos de acordo com os papéis a que somos expostos.
E você, caro leitor, não vá me dizer que não representa também. Todos nós representamos! No momento, represento o papel da grande escritora que um dia quero ser. (E aqui cabem todos os risos merecidos... rs). Temos nossas máscaras que nos permitem fugir de nós mesmos, dos nossos medos. Que não nos deixam encarar de frente o que não está de acordo com o que sentimos e pensamos. É cômodo e incômodo. Tudo ao mesmo tempo. Mas, como é possível?
É cômodo. Fugir de nós mesmos, de nossos problemas. Poder deixar de lado aquilo que você é, sempre foi, e não gosta. É cômodo fingir que gosta daquele(a) chato(a), só pra dizer que é uma boa pessoa. Isso evita o conflito. Evitando o conflito, evitamos também o desgaste.
E, por fim, É incômodo. Sufocante. Dá vontade de gritar, mostrar quem eu sou. Ligar aquele botão de que tanto se fala. Aquele, com o “F” (RS). Ora, não se faça de desentendido, caro leitor. É incômodo ter que olhar no espelho e enxergar alguém cuja essência está quase se esgotando, por falta de condições adequadas de armazenamento.
E o que sobra disso tudo?
Confesso que preciso descobrir ainda. Sei quem fui. Tenho uma breve noção de quem sou. Quem serei? Deixo isso pra depois. Tenho que provar uma nova máscara agora.

E pra servir de inspiração pra nós, música da Joss Stone – A Right to be Wrong.


“I’ve got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I’m stepping out into the great unknown
I’m feeling wings though I’ve never flown
I’ve got a mind of my own
I’m flesh and blood to the bone
I’m not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone”


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